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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

O resgate histórico feito por Frei Bosco


                                  O RETORNO DA FÉ EM MONTSERRAT                               


      Em 1971 Frei Bosco despertou seu interesse na historia da origem da sua terra natal chamada Serrinha, ao longo de muitos anos ele pesquisou, e divulgou seu estudo em 2009 com a inauguração do Museu Histórico Mestre Vicente. Mas foi em 2011, na ocasião do centenário foi feito por ele um grande resgate, da primeira devoção que deu origem ao Povoado Serrinha da Prata.


OS PRIMEIROS HABITANTES 

     Cafundú ou cafundó é um vale entre montanhas onde os primeiros habitantes, que depois deram origem ao povoado Serrinha viveram, fica localizado a 1,5 km do povoado é uma região de brejo de altitude que faz parte do planalto da Borborema. Em 1911 houve uma epidemia de uma doença desconhecida que muitas pessoas morreram, com isso eles desciam para enterrar os mortos daquela enfermidade, que eles imaginavam que seria contagiosa, portanto eles sepultavam longe da região onde moravam. As pessoas que moravam no Cafundó tinham uma devoção na Virgem de Montserrat, fé está de origem espanhola, existia um ícone em uma quadro que eles veneravam em um oratório, foi diante dessa imagem que os poucos habitantes fizeram uma promessa a Montserrat,  para que acabasse com essa epidemia. E assim foi realizada a promessa, e por um milagre a peste desapareceu, e com isso foi erguida uma igrejinha de taipa em honra a Nossa Senhora de Montserrat ao lado dos corpos sepultados das vítimas. Foi esse acontecimento que deu origem ao Povoado Serrinha, que anos mais tarde foi chamado de Serrinha da Prata por questões geopolíticas. As pessoas que viviam no cafundó acabaram descendo e fizeram suas casas próximas a capela de Montserrat, sendo assim se tornou um vilarejo.
POVOADO SERRINHA DA PRATA FOTO: 1999
CAFUNDÓ, OU PARA OS NATIVOS "CAFUNDÚ"



O MUSEU E O RESGATE HISTÓRICO 

    Frei Bosco - Acredito que tudo se deu por minha persistência desde criança e o convívio com  Mestre Vicente, dele aprendi muito sobre a devoção a Santa de Montserrat, com isso essa história me encantou e sempre me deixou inquieto.
    Com o passar dos anos procurei informações com os mais antigos, como tia Liquinha e tio José Inácio entre outros... porem algo não estava certo, na informação que eles me passaram, o ano da grande epidemia foi 1917, mas depois de muitas pesquisas, restou um segredo que eu não dava conta, era a pedra D'ara usada no ritual tridentino e passado neste período, a pedra foi guardada em um móvel na sacristia ainda lacrada com tecido em linho, então eu tirei o lacre e encontrei um documento escrito Por Dom Luis de Olinda destinado a antiga construção de Montserrat e o ano escrito, 1911. Tive a prova mais concreta de décadas de procura, para mim foi como ter encontrado um tesouro.


  O museu Mestre vicente foi construído e inaugurado em 2009 por Frei João Bosco, para guardar a história e a cultura do povoado Serrinha da Prata, desde então é muito visitado por turistas de varias localidades do país até fora dele. 

FOTO DA INAUGURAÇÃO DO MUSEU MESTRE VICENTE 



 
                                                                 

                     O Reconhecimento



      Em baixo do Ícone de Montserrat existe um documento de 108 anos atrás de 1911, enviado pelo Arcebispo Dom Luís Raimundo da Silva Brito de Olinda, reconhecendo o Milagre da Virgem de Montserrat em Serrinha da Prata, Junto com o documento veio uma pedra de Mármore chamada de pedra D'ara. Que hoje está no centro do altar da atual Capela de São sebastião.


Pedra D'ara 

ÍCONE DE MONTSERRAT ONDE FOI REALIZADO A PROMESSA EM 1911

     Neste mesmo ano foi realizado uma escavação arqueológica na capela de São Sebastião, para encontrar as ruínas da antiga capela de Montserrat, construída em 1911, que foi demolida em 1923 para a construção da atual.  

Janela arqueológica

     Na escavação foi encontrado o massapê da antiga construção de taipa, e também tijolos do inicio da obra da capela de São Sebastião que foi levantada sobre a igrejinha de Montserrat. E também neste mesmo de 2011 ano, foi feito um monumento em homenagem ao centenário da devoção da virgem de Montserrat na comunidade. Abaixo vemos um mosaico com imagens que conta um pouco da historia que marcou o povoado em 1911.







Fonte: Frei João Bosco 



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Arte Quase Centenária de Serrinha

          O artesanato em Serrinha da Prata  

    
      O Vilarejo é com toda certeza um lugar recheado de artes de todos os tipos. Existe desde artes manuais até confecção com o uso de maquinário elétrico. E também diversas expressões culturais como pessoas que cantam, que tocam algum instrumento, grupos que apresentam cânticos sacros com dança, arte com biscuí, crochê, tricô, bordado, reciclagem, diversas manicures que embelezam as mãos das mulheres, cabeleireiros e etc. Mas vamos chamar a atenção para uma em particular, por ser a mais utilizada, tendo em vista sua importância na manutenção de muitas famílias do nosso Povoado, que é o ARREMEDO.

     A principal arte da Serrinha é complemento de renda para 28 pessoas na comunidade, Trabalho este que foi trazido por Amâncio Alves de Oliveira entre a década de 1920 e 1930 que foi passada de geração em geração por quase 100 anos.





 O Arremedo é feito do miolo da umburana, madeira típica do semi-árido nordestino e que por sinal era abundante na região, (e que infelizmente não é mais, sendo preciso buscar no alto sertão de Pernambuco e que chega aqui com um elevado preço), mas que não desestimula a produção por conta de ser uma das poucas fonte de renda. Em 2005 esse trabalho artesanal foi matéria de uma reportagem da TV Asa Branca afiliada da Rede Globo, e foi exibida no programa Via Brasil no Canal Globo. Veja a reportagem logo abaixo por esse link:👇👇
Primeira Reportagem sobre o artesanato da Serrinha da Prata
Fotos: Alan dos Pios

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

TV Asa Branca em Serrinha da Prata

Reportagem da TV Asa Branca sobre o Turismo religioso em Serrinha da Prata


Foi no dia 30 de outubro de 2019 que uma equipe da TV Asa Branca junto com visitantes de Recife, Caruaru e Garanhuns, chegaram para fazer uma reportagem no povoado Serrinha da Prata na zona rural do município de Saloá-PE, atraídos pelo turismo religioso, forte nesse vilarejo, eles visitaram Capelas, Monumentos e também dois Museus, um que conta a historia dos Principais personagens do Povoado e outro que reúne mais de 150 presépios dos cinco continentes. A reportagem vai ao ar no primeiro sábado de Janeiro de 2020, no Programa Verão Nordeste da Rede Globo Nordeste.








                                       

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Serra do Tabuleiro Um Grande Potencial Turistico

                                                   

                     Maciço do Tabuleiro 



    Tabuleiro ou Serra da prata é um agrupamento de colinas localizada no agreste meridional de Pernambuco, mais precisamente entre os municípios de Saloá e Iati. O ponto culminante dessa formação geográfica tem 1085 m de Altitude, segundo as Cartas Topográficas do Exército Brasileiro, sendo considerado o local mais alto da Microrregião de Garanhuns, é um dos mais alto do Planalto da Borborema.


visão do maciço e do Povoado Serrinha da Prata
                            

      O Bioma da Serra do Tabuleiro 


      O bioma predominante nessa região,  por ser uma região de transição entre agreste e sertão é a Caatinga (Mata Branca), mas nas áreas mais altas existem resquícios de Mata Atlântica por ser uma área de brejo de altitude.

 A fauna da região é compostas de varias espécies de aves como Inhambu, Codorna, Codorniz, Juruti, Perdiz e aves de rapina como gavião-peneira, Carcará e o Gavião-ripina. Existem também no grupo dos mamíferos, as raposas, gatos mourisco, gatos do Mato,Jaguatirica entre outros... 


A flora é diversificada com presença de vegetação de caatinga e resquícios de mata atlântica, espécies como o Angico Vermelho, Jurema, Barriguda, Braúna, Ouricuri, Macaúba, Imbaúba, Tamboril, Facheiro, Cacto pé de mamão, entre outras espécies.

Arvore de grande porte nas matas do Tabuleiro
                                                 
Ouricuri (Palmeira)


Cacto pé de mamão

Nascentes em meio a grota  
Angico Vermelho 




    Potencial turístico da região 


      Por ser uma área de Brejo de altitude, com mescla de vegetação de Caatinga e Mata Atlântica, essa localidade tem um potencial na questão do ecoturismo com trilhas ecológicas. Existem varias trilhas com 6 a 7 km de caminhada, e com elas podemos ver varias quedas d'água e Cachoeiras e também lugares para montar acampamentos, e no ponto mais alto uma visão panorâmica Sensacional do relevo do Planalto da Borborema.









Torres da operadora Vivo e de provedores de internet no cume da Montanha


Cachoeira da Serra do Frio




Fontes:   











sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A historia não contada da Casa do Artesão

                                   O quase Elefante Branco de Serrinha da Prata

   


A história começa quando em 1985, nosso Saudoso Vereador João Martins (que naquele ano ainda não era vereador) chega com o superintendente do ProRural (Programa Estadual de apoio ao pequeno produtor rural), Romário Dias. A princípio o projeto era fazer uma casa de farinha, mas recentemente naquela época, Fidelis Francisco já havia construído a sua casa de farinha, com isso eles para não atrapalhar, mudaram o foco, sabendo que existia uma produção artesanal (arremedos, apitos, pios), resolvem construír uma marcenaria com o nome de Casa do Artesão.

E assim começaram a construir, mas havia um problema a água não chegava no ponto de construção ( havia uma caixa d'água construída por Ubirajara Barbosa prefeito anos atrás, mas ela não conseguia abaster a Serrinha inteira) com isso o ProRural construíu uma outra caixa d'água.
caixa 35 mil litros construída no terreno de Manuel Luiz Honório pelo Polo Nordeste (ProRural)

Caixa construída no mandato de Ubirajara Barbosa

Sendo assim a água chegou nessa região da Serrinha da Prata, e o trabalho começou. Finalizado o projeto da Casa do Artesão, que contava com todas as ferramentas necessárias para se trabalhar com madeira, e equipada com Banheiros. Os responsáveis do ProRural entregaram a chave ao representante dos 12 associados da cooperativa que ali nascia, com um aviso " esperamos que essa construção não vire um Elefante Branco".

O tempo passou e Infelizmente a casa do Artesão foi se definhando ao longo de 33 anos,  muitos associados foram embora, outros entraram, e a desorganização tomou de conta, e o medo do ProRural de que virasse um elefante branco quase se concretizou se não fosse por causa de  algumas pessoas que fabricam apitos, por causa da falta dos equipamentos Originais ( que ninguém sabe aonde abita) compraram um motor e uma Furadeira  para realizarem suas atividades lá, hoje em dia.

Infelizmente a Casa do Artesão (serraria) não é mais nem a sombra do que foi um dia. Abaixo 👇 fotos do que se tornou a Serraria de Serrinha da Prata.













Sabemos que esse Projeto feito pelo ProRural foi de grande importância para nossa comunidade contribuído muito com quem ganha seu pão com artesanato. Por isso mesmo é triste ver essa construção dessa forma. 

Serrinha da Prata vira cenário de filme!

No dia 2 de março veio até o nosso povoado Serrinha da Prata-Saloá-PE, uma equipe da Produtora Aruwaté Filmes (SP), com produção da Alexandr...